Eduardo e Mônica

" E quem um dia irá dizer, que não existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão!"

Sim, quem é que vai dizer??
Aprendo coisas todos os dias na faculdade... Sejam elas boas, ruins, interessantes, chatas, no entando, aprendo... Isso é FATO!
Mas é fato também, que a circunstâcia me ensina, o lugar me ensina, o "me virar" me ensina, tudo nos ensina, não apenas textos, e provas é que vão me servir de experiência na hora de atuar como TERAPEUTA OCUPACIONAL;
O coração, como diz na música, me ensinou a sentir saudade, a abraçar as pessoas com mais afeto, a dar valor em cada instante da vida, e respeitar as diferenças! Diferenças??? Sim!
Claro que a faculdade tem seu dedo nisso, afinal, se não fossem as aulas de Educação Especial e História da TO, talves eu não estivesse pensando como estou, e agindo como estou, mas, não adianta nada uma professora super atenciosa e apaixonada pelo que faz, ficar falando e mostrando as coisas que se relacionam com a diferença se o coração não estiver disposto a aceitar e reconhecer que erros acontecem!
É fato também, que o que vou escrever agora é a parte técnica, no entanto, também pode ser aplicado por todos nós, meros mortais, que não precisam ser formados pra isso... Na verdade, deveria ser algo que se aprende em casa e na escola desde criancinhas, mas infelizmente não acontece...
Então vamos lá... Vocês podem me dizer quem foi que inventou o conceito "DEFICIENCIA"???
Por que as pessoas usam a seguinte expressão: "Você está louca?"
Será que é louco quem tem "problema"?? Será que é deficiente quem precisa de uma cadeira de rodas mas estuda pra caramba  e é capaz de se destacar numa sala de aula, ou aquele que tem os membros ou qualquer parte do corpo perfeitos mas não sabe nem escrever o nome direito?
Por que as pessoas dizem: "A minha amiga é aquela do lado do cara de cadeira de rodas!" E não, "o cara de camisa vermelha!?"
Por que nós, a audiencia, a sociedade, são os "deficientes e loucos" da vez!
Nós não somos capazes de aceitar qualquer diferença, afinal, é fácil ter o controle de tudo aquilo que é igual, previsível! É fácil amar uma modelo que está na capa de todas as revistas, e sair desfilando com ela, mas é difícil sentar do lado de alguém que não tem um braço.
É fácil pra uma empreiteira, pra um arquiteto e pra um engenheiro, projetar um novo shopping center, cheio de escadas! Um restaurante não ter um cardápio com recursos auditivos, ou os funcionários de uma loja não fazerem um curso de Libras pra atender de forma correta a todos!
É fácil ver um bebê lindo e loiro, abraçar, cheirar e achar bonitinho, mas não aquele que tem Síndrome de Down... "Ai coitadinho, vai ser tão infeliz!"
Fique sabendo, que ele pode ser mais alegre, fazer mais coisas, ter mais chances na vida do que você! Pois ELE não se vê como coitadinho! é só VOCÊ não fazer isso também!

E agora, só por essas poucas coisas, percebeu quem é o deficiente, o louco o coitadinho?

Pense nisso!